Quanto tempo a criança pode ficar sem fazer cocô?

Quanto tempo a criança pode ficar sem fazer cocô?

É comum que a frequência das evacuações varie de um bebê para outro, e nem todos os bebês têm o mesmo padrão. No entanto, em geral, um bebê saudável deve ter evacuações regularmente, especialmente durante os primeiros meses de vida. Por isso, uma dúvida muito comum dos mais é relacionada sobre quanto tempo a criança pode ficar sem fazer cocô.

No post de hoje saberemos quanto tempo a criança pode ficar sem fazer cocô e as consequências de ficar muito tempo sem fazer.

Qual a frequência de fazer cocô em bebês e crianças?

Os padrões de evacuação variam de acordo com a idade e a dieta. Aqui estão algumas diretrizes gerais sobre a frequência normal de evacuações em bebês e crianças:

  • Recém-Nascidos (0 a 2 meses): De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, nos primeiros meses de vida, principalmente em crianças alimentadas só com leite materno, é comum evacuar todas as vezes que mamam. Se a criança está bem e não apresenta outros sintomas, não tem problema; é normal e não é diarreia. Apenas em aleitamento materno também podem ocorrer variações, podendo ser normal chegar a ficar 7 dias sem evacuar, desde que sem outros sintomas associados ou desconforto.
  • Bebês (2 a 12 meses): À medida que os bebês crescem, o reflexo de evacuação amadurece e começam a introdução de alimentos sólidos, a frequência das evacuações tende a diminuir. Bebês amamentados podem continuar a evacuar com mais frequência, enquanto bebês alimentados com fórmula podem passar a evacuar a cada dois dias ou até mesmo com menos frequência, desde que sem esforço ou desconforto.
  • Crianças (1 a 3 anos): Crianças mais velhas geralmente têm um padrão de evacuação menos frequente, com evacuações diárias ou a cada dois dias sendo consideradas normais se sem esforço ou dor.
  • Crianças Mais Velhas (3 anos ou mais): Como já foi visto, à medida que as crianças crescem, o padrão de evacuação pode variar, mas evacuar a cada dois ou três dias pode ser considerado normal, desde que as fezes sejam macias e a criança não apresente desconforto/esforço.

Lembrando que a frequência das evacuações pode variar de criança para criança, e o mais importante é observar a consistência das fezes e o bem-estar geral do pequeno.

Se uma criança não evacua por vários dias e apresenta desconforto, dor abdominal ou outros sintomas preocupantes, é importante consultar um pediatra. A constipação, mesmo nos pequenos, pode ser tratada com orientação médica para garantir o conforto e a saúde da criança. Portanto, embora haja diretrizes gerais, o acompanhamento médico é fundamental para avaliar cada situação individualmente.

O que devo fazer se a criança estiver com o intestino preso?

Como a maioria dos casos de prisão de ventre é associada à alimentação, a solução costuma ser bem nessa linha.

Estimule o consumo de frutas, água, sucos, fibras, vegetais e cereais integrais, pois podem ajudar a regularizar o intestino da criança. Por outro lado, deve-se evitar alimentos causadores de constipação como leite, queijo, massas, batata, farinhas e banana-maçã (fonte: IMEPE).

Mas, afinal, o que pode causar uma criança ficar muito tempo sem fazer cocô?

Como foi visto, a constipação, ou prisão de ventre, é um problema que pode afetar crianças de todas as idades. Ela ocorre quando as fezes se tornam duras e secas, dificultando sua passagem pelo intestino. Veja algumas das causas mais comuns da constipação em crianças:

  • Dieta Pobre em Fibras: Uma das principais causas da constipação é uma dieta pobre em fibras. A falta de frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras pode tornar as fezes mais duras e difíceis de serem eliminadas;
  • Baixa Ingestão de Líquidos: A hidratação adequada é fundamental para manter as fezes macias e facilitar sua passagem. Crianças que não bebem água suficiente podem ficar desidratadas e desenvolver constipação;
  • Rotina Irregular de Refeições: Ter horários irregulares para as refeições e lanches pode afetar o funcionamento do intestino, uma vez que o corpo não sabe quando esperar alimentos;
  • Ansiedade ou Estresse: Situações de estresse, como a transição para a escola ou problemas emocionais, podem afetar o funcionamento do intestino de uma criança;
  • Doenças ou Condições Médicas: Algumas condições médicas, como problemas hormonais, doenças do trato gastrointestinal ou neurológicas, podem contribuir para a constipação em crianças;
  • Medicamentos: Certos medicamentos, como alguns analgésicos, antidepressivos ou suplementos de ferro, podem causar constipação como efeito colateral;
  • Comportamento: Ainda não possuem o hábito de ir ao banheiro em determinado horário, não querem parar de brincar para evacuar, tem pressa de sair do banheiro, tem medo do vaso sanitário ou passaram por algum evento traumático que leva a segurar as fezes.

É importante destacar que a constipação ocasional é comum e geralmente não é motivo de preocupação. No entanto, se a constipação persistir, causar desconforto significativo ou se tornar um problema crônico, é fundamental consultar um pediatra.

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Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052