Erros Mais Comuns na Introdução Alimentar do Bebê

Erros Mais Comuns na Introdução Alimentar do Bebê

A fase da introdução alimentar do bebê pode causar muitas dúvidas e receios para os pais e familiares responsáveis por esta missão. No geral, as principais dúvidas são: Qual alimento oferecer? Como preparar? E se o bebê não quiser comer? E se ele engasgar?

Para esclarecer essas dúvidas e dar uma orientação correta, no post de hoje vamos entender o que é introdução alimentar e ver quais são os erros mais comuns cometidos nesta fase por parte dos pais e familiares.

O que é introdução alimentar?

No geral, a partir dos 6 meses o bebê começa a ter contato com a alimentação complementar. É nesta fase que acontece a introdução alimentar.

De acordo com a Prefeitura de Campinas, os alimentos complementares são todos os alimentos oferecidos à criança em adição ao leite materno ou à fórmula infantil (caso não seja possível a amamentação).

Como foi visto, a alimentação complementar deve ser iniciada a partir dos 6 meses de idade, independentemente do tipo de aleitamento que a criança recebe. E por que nesta idade? Porque é nesse momento que o bebê apresenta desenvolvimento digestório, imunológico e neurológico adequados para receber novos alimentos.

Essa alimentação complementar deve oferecer energia e nutrientes de acordo com as necessidades da criança na proporção adequada, preparada de forma higiênica e respeitando a cultura local.

Como começar a introdução alimentar de maneira correta?

O Ministério da Saúde explica que a introdução alimentar deve ser feita de maneira gradual. Desta forma:

  • Ao completar 6 meses, a mãe deve oferecer 3 refeições/dia com alimentos complementares. Essas refeições constituem-se em duas papas de frutas e uma salgada, preparada com legumes e verduras, cereal ou tubérculo, alimento de origem animal (carne, vísceras, miúdos, frango, ovo) e feijões.
  • A partir dos 7 meses, essas refeições constituem-se em duas papas salgadas e duas de fruta.
  • Ao completar 12 meses, recomenda-se que a criança tenha três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches (frutas ou cereais ou tubérculos).

Porém, apesar do Ministério da Saúde utilizar os termos “papa de frutas” e “papa salgada” para facilitar a compreensão dos pais e/ou responsáveis, eles explicam os termos. Assim:

  • Papa de fruta: essa expressão tem como objetivo salientar a consistência com que deve ser oferecido esse alimento, ou seja, amassado ou raspado.
  • Papa Salgada: Embora a expressão “papa salgada” seja utilizada por ser conhecida e de fácil compreensão para os pais na orientação da composição da dieta da criança e para diferenciá-la das papas de frutas, é importante salientar que o objetivo do uso do termo “salgada” não é adjetivar a expressão, induzindo ao entendimento de que a papa tenha muito sal ou que seja uma preparação com utilização de leite acrescido de temperos/sal.

Quais são os erros mais comuns na hora de começar a introdução alimentar?

Como qualquer nova fase, é comum que os pais cometam alguns erros na hora da introdução alimentar. E quais são esses erros mais comuns?

Triturar os alimentos

Muitos pais acreditam que o bebê não conseguirá se alimentar corretamente com uma textura mais densa e, por isso, optam por triturar os alimentos, por exemplo, no liquidificador.

O Ministério da Saúde informa que os alimentos devem ser amassados com o garfo. Ou seja, a consistência terá o aspecto pastoso (papa/purê). Por isso, é importante salientar que a utilização do liquidificador e da peneira é totalmente contraindicada porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência, sabores e cores dos novos alimentos.

Além disso, os alimentos liquidificados não vão estimular o ato da mastigação. Assim, a papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso.

Desistir de um alimento quando o bebê o recusa

Se a criança recusar determinado alimento, é importante oferecer novamente em outras refeições. No geral, são necessárias, em média, oito a dez exposições a um novo alimento até que ele seja aceito pelo bebê ou pela criança.

Por isso, durante o primeiro ano de vida, não se recomenda que os alimentos sejam muito misturados, pois a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas dos alimentos (fonte: Ministério da Saúde).

Fazer adição de sal, açúcar e oferecer outros alimentos industrializados

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que comer bem na infância é extremamente importante para garantir uma vida adulta saudável e de qualidade, além de evitar doenças futuras, tais como a obesidade, além de garantir um melhor desenvolvimento.

Tanto a Sociedade Brasileira de Pediatria quanto o Ministério da Saúde têm orientado que a criança não consuma açúcar antes de dois anos de idade. Há evidências científicas de que o consumo de sacarose sem a fibra correspondente, como é comumente presente no suco de frutas, está associado à síndrome metabólica, lesão hepática e obesidade

Já o Instituto Infantil alerta que os alimentos industrializados (tais como congelados, instantâneos, dentre outros) possuem elevado valor energético, porém baixo valor nutricional. Além de possuírem uma série de aditivos em sua composição (conservantes, estabilizantes, sal, açúcar, corantes, aromatizantes, para citar alguns) que não são saudáveis.

Além disso, o Ministério da Saúde alerta que as crianças pequenas não podem “experimentar” todos os alimentos consumidos pela família, por exemplo, iogurtes industrializados, queijinhos petit suisse, macarrão instantâneo, salgadinhos, refrigerantes, doces, sorvetes, biscoitos recheados, dentre outros. Por isso, é fundamental orientar os irmãos maiores e familiares para que não ofereçam esses alimentos para a criança.

Além disso, é importante que se faça sempre a leitura do rótulo dos alimentos infantis antes de comprá-los, evitando oferecer à criança alimentos que contenham aditivos e conservantes artificiais. Ou seja, alimentos que aparentam ser saudáveis e, na verdade, não o são.

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Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052