Desenvolvimento do Bebê: O que são Distúrbios de Crescimento?

Desenvolvimento do Bebê: O que são Distúrbios de Crescimento?

O cuidado com a saúde da criança, por meio do acompanhamento do desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida (primeiros 1.000 dias do bebê), é tarefa essencial para a promoção à saúde. Inclusive, para acompanhar e perceber eventuais atrasos no crescimento ou desenvolvimento da criança;

E o crescimento do bebê ou da criança acaba sendo uma das maiores preocupações dos pais e dos familiares. Para compreender um pouco mais sobre este tema, no post de hoje vamos entender sobre os principais distúrbios de crescimento do bebê e ver como isso pode afetar o seu desenvolvimento.

O que são distúrbios de crescimento?

Basicamente, podemos dizer que os distúrbios do crescimento são condições caracterizadas pelo atraso no crescimento infantil e que afetam a altura.

Obviamente que, de acordo com determinada faixa etária, há fases nas quais este crescimento pode ser mais ou menos acelerado.

O Ministério da Saúde explica que a velocidade de crescimento pós-natal é particularmente elevada até os dois primeiros anos de vida e com declínio gradativo e pronunciado até os cinco anos de idade. A partir do quinto ano, a velocidade de crescimento é praticamente constante (de 5 a 6 cm/ano) até o início do “estirão” da adolescência (o que ocorre em torno dos 11 anos de idade nas meninas e dos 13 anos nos meninos).

Porém, é importante lembrar que a velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do corpo não crescem com a mesma velocidade.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) traz algumas médias de crescimento das crianças de acordo com a faixa etária:

  • Nascimento até 1 ano de idade: 25 centímetros por ano.
  • 1 ano a 3 anos de idade: 12,5 centímetros por ano.
  • 3 anos até a Puberdade: 5 a 7 centímetros por ano (meninas: 8 a 10 centímetros ao ano; meninos: 10 a 12 centímetros ao ano).

Principais causas dos distúrbios de crescimento

Como sabemos, o crescimento é um processo biológico de multiplicação e aumento do tamanho celular, gerando o aumento do tamanho corporal.

Assim, todos nós nascemos com um potencial genético de crescimento. Só que este potencial poderá ou não ser atingido, pois também depende de outros fatores.

Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre algumas influências, tais como:

  • fatores intrínsecos: genéticos, metabólicos e malformações;
  • fatores extrínsecos: dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança.

Fatores intrínsecos que podem afetar o crescimento

Dentre os fatores intrínsecos, os principais são:

  • Incapacidade de absorver nutrientes: existem situações em que a criança consome os nutrientes de forma correta, mas não os absorve. Como no caso da doença celíaca, que afeta o intestino.
  • Doenças genéticas: sendo as principais a Síndrome de Turner e a Síndrome de Prader-Willi.

Fatores extrínsecos que podem afetar o crescimento

O Ministério da Saúde explica que, dentre os fatores extrínsecos, os mais relevantes são:

  • Alimentação: A criança até cinco anos requer cuidados específicos com a sua alimentação. Crescer consome energia: 32% das necessidades calóricas de um recém-nascido são destinadas ao crescimento. A dieta da criança deve ter qualidade, quantidade, frequência e consistência adequadas para cada idade.
  • Infecções: É essencial que as crianças sejam imunizadas, segundo o calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, para que se evite a ocorrência das doenças imunopreveníveis.
  • Higiene: A higiene adequada da criança, dos alimentos, do ambiente e de todos aqueles que lidam com ela são fatores essenciais para seu bom crescimento.

De acordo com o Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, vários são os fatores que contribuem para que uma pessoa tenha problemas de crescimento, desde a herança genética até alterações na produção hormonal.

Como os distúrbios de crescimento podem afetar o desenvolvimento do bebê?

Há várias formas diferentes que os distúrbios de crescimento podem afetar os bebês e às crianças.

De acordo com o MSD Manuals, as crianças costumam apresentar baixas taxas de crescimento, normalmente abaixo de 5 centímetros por ano. Além disso, a maioria tem baixa estatura, mas uma proporção normal entre a parte superior e inferior do corpo. Algumas crianças podem apresentar atraso no desenvolvimento dos dentes ou atraso na puberdade.

Outras anomalias podem estar presentes dependendo da causa da deficiência do hormônio do crescimento. Os recém-nascidos com deficiência do hormônio do crescimento podem ter:

  • baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia);
  • icterícia (hiperbilirrubinemia);
  • pênis pequeno (micropênis) em meninos;
  • defeitos faciais, tais como fenda palatina.

As crianças também podem apresentar sintomas de outras deficiências hormonais como o hipotireoidismo central.

Como fazer o diagnóstico e quais são os principais tratamentos

As principais formas de diagnosticar algum distúrbio de crescimento é por meio de um médico especializado. No geral, ele pode solicitar alguns tipos de exames, tais como:

  • Exame físico: em conjunto com os pais, o médico da criança também é responsável por observar e acompanhar o crescimento durante os primeiros anos de vida.
  • Exames de sangue: estes exames podem confirmar causas hormonais e genéticas dos distúrbios de crescimento.
  • Raio-X de idade óssea: este exame de imagem tem como objetivo por determinar a maturidade e o potencial de crescimento ósseo .

O tratamento de uma criança com distúrbio do desenvolvimento poderá ser individualizado ou ser feito em grupo. Isso irá depender da complexidade.

O Ministério da Saúde explica que o adequado manejo poderá variar, podendo ser feito mediante orientações aos pais sobre a importância da relação entre o desenvolvimento da criança e a maneira como eles lidam com isso.

Também pode ter a necessidade de exames complementares e tratamento imediato de doenças associadas, como a toxoplasmose ou o hipotireoidismo congênito. O tratamento funcional deve ser instituído a todos os casos independentemente da etiologia.

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Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052