Refluxo do Bebê: o que é? São vômitos em excesso?

Refluxo do Bebê: o que é? São vômitos em excesso?

A chegada de um bebê traz uma explosão de emoções, não é mesmo?! Além de toda alegria com o novo pequeno membro da família, muitas vezes surgem diversas dúvidas e medos. Uma delas é o refluxo do bebê.

O Portal Fiocruz explica que muitos pais ficam assustados e recorrem ao atendimento hospitalar quando acreditam que o filho está com refluxo. Porém, na maioria das vezes, não se trata de algo preocupante.

Por isso, calma, papai e mamãe! O “vômito do bebê” pode ser normal. Assim, o tema do nosso post de hoje é sobre o que é o refluxo do bebê (que, muitas vezes, pode parecer vômito em excesso) e vamos ver em quais situações é necessário que a família procure ajuda especializada.

Afinal, o que é o refluxo do bebê?

De acordo com o Portal Alô Mãe da Prefeitura de São Paulo, o refluxo do bebê, na verdade, tem o nome de refluxo gastroesofágico. É o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago.

No caso do recém-nascido é o retorno imediato do leite através da boca e, algumas vezes, pelo nariz.

Apesar desta espécie de “vômito do bebê” preocupar muitas famílias, é importante entender que é um processo bem normal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é comum que bebês sofram com refluxo, pois no seu primeiro ano de vida o sistema digestivo ainda está em desenvolvimento (sistema digestivo ainda imaturo) e, por isso, não consegue executar todas as funções com perfeição.

Além disso, o Portal Fiocruz reforça que essa é uma situação bem comum nos primeiros meses de vida. No geral, acontecem duas ou mais vezes por dia em quase metade das crianças até os dois meses. A melhora espontânea está relacionada ao crescimento e desenvolvimento do bebê.

Refluxo e golfo: são a mesma coisa?

Uma outra dúvida que confunde muitas famílias é a diferença entre refluxo e golfo. O Portal Alô Mãe explica que o refluxo é, geralmente, líquido, pois o leite mamado não passou pela digestão. Já o golfo, que é fisiológico/normal, é o retorno de pequena quantidade de um conteúdo por vezes pastoso (semelhante a uma coalhada).

Alguns bebês podem apresentar episódios de refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago, como explicamos anteriormente (a imaturidade do sistema digestivo). Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.

Você já ouviu falar nos vomitadores felizes?

É um nome divertido, mas é isso mesmo. Para tranquilizar as famílias, a SBP reforça que é normal vomitar e regurgitar nos primeiros meses de vida.

Como vimos, se a criança estiver ganhando peso adequadamente e não tiver outros sintomas, esses bebês são chamados “vomitadores felizes”, pois vomitam ou regurgitam e estão sempre bem, sem sintomas e crescendo normalmente.

Desta forma, o refluxo é essencialmente uma consequência de acontecimentos normais da vida do bebê e em poucos casos precisa de tratamento.

Como prevenir o refluxo no bebê?

A SBP traz algumas dicas que os pais podem adotar para tentarem minimizar o refluxo:

  • Manter o bebê inclinado para mamar, com a cabeça mais elevada que o tronco;
  • Após a amamentação, fazer o bebê arrotar, mantendo-o em pé e sem balançar ou dar tapinhas nas costas;
  • Evitar banhos ou trocas de fraldas após as mamadas;
  • Na hora de dormir, utilizar um travesseiro antirrefluxo ou deixar a cabeceira do berço elevada 30° fazendo com que a cabeça e o tórax fiquem mais elevados;
  • Evitar fraldas ou roupas apertadas que comprimam o abdômen do bebê.

Doença do refluxo: quando a família precisa se preocupar?

Quando o refluxo precisa ser observado como um alerta? Uma outra preocupação comum dos pais é saber como diferenciar o refluxo “natural” de algo mais grave, no caso, a doença do refluxo.

O refluxo torna-se doença quando a frequência, a duração e a quantidade do material refluído são elevadas e associam-se a alguns sintomas.

A SBP explica que, no caso do refluxo-doença (ou doença do refluxo gastroesofágico), o bebê apresenta outros sintomas, tais como:

  • perda ou não ganho de peso;
  • choro;
  • irritabilidade;
  • recusa em se alimentar;
  • anemia;
  • vômitos com sangue.

Doença do refluxo: outros cuidados

Como vimos, o refluxo do bebê se torna doença quando começa a atrapalhar o crescimento e o desenvolvimento normal do bebê ou quando piora a sua qualidade de vida. Isso acontece porque o ácido que volta do estômago está vencendo os mecanismos de defesa e está fazendo mal para o esôfago ou provocando alguma lesão e desencadeando os sintomas (fonte: SBP).

De acordo com o Portal Fiocruz, cabe ao pediatra diferenciar o refluxo fisiológico (ou seja, aquele sem sintomas) daquele que é caracterizado como doença do refluxo (esse pode provocar complicações).

O seu pediatra poderá orientar a família adequadamente e definirá um tratamento, caso julgue necessário, ou encaminhar para o especialista em doenças do trato digestivo, o gastroenterologista pediátrico. No geral, o tratamento é feito com medicações que aliviam a dor, diminui a produção do ácido e ajuda a cicatrizar o que está inflamado. Porém, cada bebê é único e é fundamental o acompanhamento médico.

Onde encontrar pediatra para refluxo do bebê em Campinas?

Se sua família mora em Campinas (São Paulo) ou região, é possível fazer o acompanhamento do seu bebê ou criança com uma pediatra especializada em gastroenterologia pediátrica.

Marque agora mesmo uma consulta preventiva para seu filho ou filha na Pediatra Campinas.

Quer acompanhar mais notícias e novidades sobre cuidados com bebês e crianças, dicas de introdução alimentar, puericultura, principais cuidados e muito mais? Acompanhe sempre nosso blog.

Dra. Bianca Furlan Fernandes – CRM 169052